domingo, 11 de julho de 2010

Pela primeira estrela

Neste domingo Holanda e Espanha duelam pela grande final da Copa do Mundo 2010. Numa final inédita, ambas lutaram pelo mesmo objetivo: a primeira estrela no escudo. A Holanda, sensação desde o início das eliminatórias, em 2007, encantou a todos com seu futebol ofensivo e alegre na Eurocopa 2008, despachando as finalistas do Mundial de 2006, Itália e França. Porém, nas quartas-de-final da competição, foi eliminada surpreendetemente pela Rússia, esta sendo a última derrota holandesa. Desde então, a laranja não sabe o que é perder, se classificando com folgas nas eliminatórias e, como sempre, jogando para frente, sempre com o esquema com três atacantes. Na Copa, os holandeses entraram com muita expectativa, esperando que a história não se repetisse como na Euro. Com três vitórias magras na primeira fase, passaram as oitavas com tranquilidade. Então, passou pela Eslováquia, eliminou o Brasil e derrotou o Uruguai nas semifinais, mantendo o 100% de aproveitamento na competição. Tendo Sneijder como maestro, com os lampejos geniais de Robben, a eficiência de Kuyt e Van Bommel e a estratégia do técnico Van Marwijk, a Holanda vem com tudo para evitar a reetição de 74 e 78, quando foram vice-campeões, para emfim conquistarem o primeiro título mundial.

A Espanha, que desde a conquita da Eurocopa de 2008 vem sendo apontada como a principal favorita ao troféu, correspondeu e chegou a decisão. Desde esta final, a fúria, assim como a laranja, passou sem dificuldades pelas eliminatórias europeias, acabou com o estigma do quase conquistando um título de expressão depois de muito tempo e agora deseja mais do que nunca conquitar o primeiro título mundial de sua histórica, caneco que nunca esteve tão perto. A equipe de 2010, badalada, começou com problemas, perdendo para a Suíça na estreia na África. Depois, vitórias contra Honduras e Chile e primeiro lugar no grupo. Nas oitavas, mandou os rivais portugueses para casa, nas quartas o Paraguai e nas semi a favorita Alemanha, todos por 1 a 0, no sufoco. A geração deste ano já fez a melhor campanha de toda a história da seleção espanhola, superando o quatro lugar de 1950. Liderados pelos gols de Villa, passando pela rapidez de Pedro, a qualidade do trio do meio, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta, além da raça de Puyol e a experiência de longa data de Vicente Del Bosque. Todos estes quesitos levam a Espanha a acreditar no título inédito, com uma geração que já vinha sendo montada a algum tempo e ganhou uma grande força, juntamente com o crescimento do Campeonato Espanhol, parcela importante nesta caminhada.

Uma inédita e grande decisão. Tanto Holanda quanto Espanha tem quesitos e cacife para ganhar o primeiro título mundial. Seja com quem for, a taça ficará em ótimas mãos. Favorito? Não há. Impossível apontar. Mas poderemos ter certeza que será um grande jogo de futebol, para todo o mundo parar para ver e aplaudir estas duas grandes seleções, em que uma delas botará sua primeira estrela em cima de seu escudo. Um belo jogo a todos.

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