Sem fazer força, Brasil vence Zimbábue no penúltimo teste antes da Copa

Nesta terça-feira o Brasil fez seu penúltimo teste antes do início da disputa da Copa do Mundo. Em solo africano, mas não na África do Sul, e sim no Zimbábue, a seleção brasileira enfrentou o time local e venceu por 3 a 0, gols de Michel Bastos, Robinho e Elano.

No primeiro tempo, o Brasil jogava sem vontade, e por isso tomava sustos dos donos da casa, que, com o apoio de mais de 60 mil torcedores (e vuvuzelas), por sorte não abriram o placar. O Zimbábue também exigia atenção da seleção não só pelas chances criadas, mas também pelo jeito de seus jogadores chegarem nas divididas de bola, provocando aflição da comissão técnica brasileira, com temor de lesões de última hora. Só na primeira etapa, Robinho, Kaká e Júlio César precisaram de atendimento por entradas mais duras dos adversários. O arqueiro da seleção precisou ser substituído por uma queda de costas, não sendo nada de mais grave. Gomes entrou no seu lugar e deu conta do recado, fazendo bela defesa em uma oportunidade. Somente aos 35 minutos que o Brasil começou a jogar pra valer. E, aos 40, veio o primeiro gol. Em falta da entrada da área, Michel Bastos soltou uma bomba para abrir o marcador. Três minutos depois, Maicon lançou Robinho, que tocou na saída do goleiro e marcou o segundo. Mesmo não jogando bem, a seleção tinha a vantagem.

Na segunda etapa, Dunga promoveu três substituições. Sacou Lúcio, Maicon e Kaká e pôs Luisão, Daniel Alves e Júlio Baptista. Mais ligado, o Brasi fez o terceiro, aos 10 minutos. Em uma linda tabela entre Júlio Baptista e Daniel Alves, o lateral do Barcelona rolou para a área e Elano só teve o trabalho de empurrar para as redes. A partir daí, o ritmo da partida caiu muito, não havendo muitas chegadas e praticamente nenhuma outra chance de gol. Dunga ainda colocou Grafite e Nilmar no ataque, mas o panorama não mudou.



Não podemos tomar esta partida como parâmetro para a Copa. Até mesmo porque a seleção jogou contra uma seleção modestíssima, e, mesmo sem fazer força e não tendo muita vontade, conseguiu vencer. Claro, no Mundial as coisas prometem ser bem diferentes. Conclusões só poderam ser tomadas quando a bola rolar na África do Sul, de verdade, quando as coisas serão mesmo para valer.