Com tempos distintos, Brasil vence Irlanda no último teste antes da Copa

O último amistoso da Seleção Brasileira antes do início da Copa do Mundo, em junho, serviu para o técnico Dunga fazer alguns testes, para o time ganhar mais confiança com uma boa vitória e, principalmente, para os jogadores carimbarem o seu passaporte para a África do Sul.


O triunfo contra a Irlanda, no Emirates Stadium, em Londres, casa do Arsenal, foi obtido não com show, mas com uma apresentação convincente do Brasil, principalmente no segundo tempo. O início da partida foi complicado para a seleção, enroscado na forte marcação irlandesa e pelas bolas alçadas na área pelo ataque da Irlanda, que pressionou no começo de jogo, complicando a vida dos zagueirões Lúcio e Juan. O jogo também era muiot faltoso, dando trabalho para o árbitro. Kaká chegou pela primeira vez no ataque, mas errou o chute. Mas foi a Irlanda que quase abriu o placar. Depois da cabeçada do atacante Doyle, Júlio César se esticou para evitar o gol. O Brasil tentava na sua melhor característica, os contra-ataques, puxados pelo "motorzinho" Kaká e Robinho, mas esbarrava nas duas linhas de quatro dos irlandeses, o que dificultava muito as coisas, sendo que a seleção não consegue jogar com adversários na retranca. Adriano chance em cobrança de falta, que Given botou para escanteio. O gol brasileiro só saiu aos 43 minutos, e não poderia ser de outra forma. Em um contra-ataque, Kaká abriu para Maicon, que lançou Robinho, que estava impedido, cruzar para o meia Andrews empurrar de carrinho para o próprio gol. Irregular e com sorte, mas Brasil 1x0.


A seleção voltou sem mudanças para segunda etapa, mas mostrando outra postura, tendo quase toda a posse de bola e cirando oportunidades de ampliar o marcador, diferentemente do primeiro tempo. Michel Bastos teve a chance, num chutão pela esquerda, que passou raspando a trave. Aos 19 minutos, Dunga começou os testes e as mudanças no time. Ele sacou Ramires e Adriano e pôs Daniel Alves e Grafite. E no primeiro lance do lateral do Barcelona ele quase ampliou o placar, quando roubou a bola do zagueiro irlandes, driblou o goleiro e com o gol escancarado, mandou pra fora. Em seguida, Robinho fez mais um, corretamente anulado pelo bandeira. aos 25, outra vez Robinho. Ele aporveitou cruzamento rasteiro de Kaká, mas mandou por cima do gol, perdendo ótima oportunidade. Porém, o moleque das pedaladas tem estrela. Aos 30 minutos, fez bonita tabela com Kaká, passou para Grafite, que devolveu de cancanhar para Robinho meter de chapa no cantino de Given. Um golaço. 2 a 0. Depois, disso, Dunga ainda botou em campo Nilmar e Carlos Eduardo, que tiveram pouco menos de dez minutos para mostrarem seu futebol. Placar final, Brasil 2x0 Irlanda.

A seleção encerra um ciclo de três anos e meio sob o comando de Dunga com uma boa vitória. O treinador deu oportunidades para muita gente, de nomes consegrados a desconhecidos. Quem aproveitou, aproveitou, e quem não aproveitou, não aproveita mais. Entre os nomes ainda não certos na lista, Michel Bastos se apresentou bem, e deve ir para a Copa. E Robinho, questionado por muitos (por mim também), jogou muito bem, marcou um gol e deu o passe para outro, apareceu no jogo como em partidas anteriores não se via, e selou sua vaguinha. Agora, rumo a África do Sul, em junho, onde o bicho começa a pegar de verdade. Mas estamos bem representados. Boa sorte, Brasil.